quarta-feira, 13 de agosto de 2014

NOVA TAXA VAI LEVAR A "AUMENTO MÍNIMO" DA CONTA DA ÁGUA, GARANTE ANTÓNIO COSTA

A Câmara de Lisboa vai criar uma taxa sobre os resíduos sólidos, autonomizando-a da taxa de saneamento, por imposição do regulador do sector.

O presidente da Câmara de Lisboa sublinha que a nova taxa sobre os resíduos sólidos, que o município pretende começar a cobrar nos próximos meses, vai ser criada “por obrigação” da Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos e garante que a factura paga pelos lisboetas sofrerá “um aumento líquido mínimo”.

“Somos o único município que não tem nenhuma taxa sobre os resíduos sólidos, temos sobre o saneamento e com parte desta financiamos os resíduos sólidos. A entidade reguladora obrigou-nos a separar as duas”, explicou António Costa ao PÚBLICO, acrescentando que no que diz respeito ao valor que é cobrado aos munícipes haverá “um aumento líquido mínimo basicamente pela diferenciação das duas taxas”.

O autarca falava no mesmo momento em que lhe foi feita uma entrevista, no âmbito da sua candidatura às eleições primárias do PS, que será publicada este domingo.

A Câmara de Lisboa ainda não anunciou a partir de quando será cobrada a nova taxa, que tal como a de saneamento será liquidada na tarifa da água, mas o seu vereador das Finanças já fez saber que isso deverá acontecer até Outubro, mês em que deverá ter início a discussão do próximo orçamento municipal. Fernando Medina explicou também que o surgimento da taxa sobre os resíduos sólidos será acompanhada da criação de “uma tarifa social, que hoje não existe, para famílias de mais baixo rendimento e para famílias numerosas”.

O grupo do PSD na Assembleia Municipal de Lisboa já reagiu à notícia da autonomização da taxa sobre os resíduos sólidos. Em comunicado, o líder da bancada lembra que “curiosamente” esta foi anunciada “pouco depois da contratação de 150 novos funcionários para que a recolha do lixo pudesse, finalmente, ser regularizada”.

“O PSD mostrou-se desde cedo disponível para ajudar a encontrar soluções concentradas na redução de despesa e que não acarretassem mais impostos para os lisboetas”, diz Sérgio Azevedo, acusando a câmara de ter optado “por outro caminho”.

“Já percebemos que depois desta nova taxa, segue-se o aumento do IMI e de muitos outros impostos e taxas para os lisboetas. Tudo, claro, em nome da ‘solidez’ das contas”, acrescenta o deputado municipal do PSD no comunicado, concluindo que “já não são só os buracos nas ruas que afectam os lisboetas”, mas também “os das contas”.

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domingo, 10 de agosto de 2014

16% dos edifícios públicos têm amianto

O Governo publicou no seu portal uma lista que divulga os edifícios, instalações e equipamentos públicos que contêm amianto na sua construção. No total, 16% dos 12944 edifícios públicos contêm este material tóxico, percentagem que corresponde a 2015 edifícios apurados neste levantamento.

 

O Ministério da Educação e Ciência é a entidade com mais edifícios que contêm este material na sua construção, com 2214, 37%) dos seus imóveis a apresentarem estas características. O segundo da lista é o Ministério da Economia, que tem 32% dos seus 176 edifícios com amianto, seguido dos Negócios Estrangeiros, com 20% dos seus 44 imóveis com este material.

 

Os edifícios vão agora ser submetidos a uma análise dos dados já recolhidos, para determinar quais os edifícios que devem ser "apenas sujeitos a acções regulares de monitorização" e aqueles que devem "ser submetidos a novas análises no sentido ou de confirmar as informações já recolhidas ou determinar a necessidade de realizar eventuais acções correctivas", lê-se no documento publicado no Portal.

 

O amianto é um elemento natural que foi usado durante anos na construção, até que estudos começaram a revelar que a exposição às suas fibras estava associada a doenças como o cancro do pulmão ou o tumor que afecta a pleura.